quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ciclo de Debates








Francisca Almeida


No próximo dia 2 de Julho às 21 horas, a JSD Mealhada e o PSD Mealhada vão iniciar um ciclo de debates organizados conjuntamente. O primeiro deste ciclo versará sobre as Uniões de Facto, Casamento e Adopção - A Problemática nas Uniões Entre Pessoas do Mesmo Sexo, terá como oradora convidada a deputada Francisca Almeida, decorrerá no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários da Mealhada e estará aberto à participação de todos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Resultados Eleitorais - JSD - 18 de Junho de 2010

A JSD Mealhada foi a eleições!

21% dos militantes expressaram o seu voto, dando uma nota de vitalidade e reconhecimento pela estrutura juvenil do Partido Social Democrata!


Dos votos expressos para a eleição da Comissão Política de Secção, 97% foram para a Lista A, havendo apenas um voto em branco.

Novo Presidente da Comissão Política de Secção da JSD Mealhada: José António Pires;

Dos votos expressos para a eleição da Mesa do Plenário de Militantes, 97% foram na Lista A, existindo igualmente um voto em branco.

Novo Presidente da Mesa do Plenário de Militantes da JSD Mealhada: Bruno Pereira Coimbra;

Viva a JSD!

Postado por Gabinete de Comunicação e Imprensa da JSD-Mealhada

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Artigo de Opinião - Bruno Coimbra


As últimas duas décadas têm sido pontualmente marcadas por um discurso político penoso, justificativo de medidas impopulares, invariavelmente marcadas por aumentos de carga fiscal e de ‘sacrifícios a bem da nação’. Esperar-se-ia portanto, que se constatassem efeitos concretos na melhoria das condições financeiras do país e no reequilíbrio das suas contas, a ponto destes aumentos de impostos, poderem ser, como inicialmente pensados, confinados a um curto período de tempo, sendo restabelecida a normalidade, após o anunciado período difícil.
Contudo, tem-se verificado, que as medidas de excepção, rapidamente se tornam elas próprias ‘a normalidade’, permanecendo em vigor indefinidamente. É de fácil entendimento que algo está mal. Se aumentamos a receita de tempos a tempos, e não se verifica a regularização da débil situação existente, então continuamos a gastar demais e não estamos a saber gerir os montantes o que os contribuintes já esmagados pelas taxas que se vêem obrigados a pagar, entregam ao Estado.
Voltámos, recentemente, a presenciar uma situação em que o tal discurso penoso endureceu. A justificação para tal não é questionável, tem sido amplamente discutida. Vivemos, quer a nível nacional, quer internacional, uma conjuntura muito complicada. A Zona Euro viu-se numa situação temerosa, só ultrapassada com a criação de um fundo de emergência (valeram-nos as intervenções politicas decisivas de Sarkozy e Obama, bem como a actuação tardia de Merkel). Perante a situação, o PSD interpelou o Primeiro Ministro e correspondeu ao interesse nacional com a responsabilidade própria de um partido de poder, disponibilizando o seu apoio às medidas urgentes para evitar o descalabro das Finanças do país, demonstrando interesse genuíno e empenho em encontrar soluções para salvar Portugal da bancarrota e contribuir para a estabilidade que permita aos portugueses resistir à crise e fazer crescer a nossa economia.
Impõe-se porém, que se questione, se todo o esforço que mais uma vez vamos fazer, será pontual e terá resultados, ou se, à semelhança do que se tem comprovado repetidamente, mais uma vez servirá apenas para criar um ‘balão de oxigénio’ para mais dois ou três anos, que culminarão com mais um discurso de ‘aperto do cinto’.
Infelizmente, o Governo prefere notoriamente o segundo caminho…numa altura crítica, em que se exigem medidas austeras de excepção, que permitam o reequilíbrio das contas do país, de uma forma concreta e rigorosamente mensurável - uma altura em que o rigor e a coerência se impõem - o Governo tem vindo a evidenciar uma descoordenação confrangedora. As contradições entre a dura aplicação de opções anunciadas, as declarações sobre a situação do país e as atitudes que se mantêm inalteradas em algumas áreas e/ou sectores, são gritantes, e são por isso mesmo, neste momento mais um factor de incerteza, contribuindo para a redução da estabilidade interna e da credibilidade internacional.
A máquina propagandista governamental, afinadíssima até ao momento, começa a não conseguir ocultar a já evidente desorientação do executivo de José Socrates – são evidentes as indecisões e incompreensível a sucessão de portarias e despachos sobre a aplicação do novo IRS ou (e principalmente) dos irresponsáveis planos para continuar obras, que independentemente do mérito dos projectos não podemos pagar neste momento, como a nova travessia do Tejo ou o TGV - sem qualquer consideração pelo enorme esforço mais uma vez exigido aos portugueses.
Como pode o Governo assinar um contrato que prevê a ligação entre Caia e Poceirão – duas localidades com apenas 4.000 habitantes cada – por 1,5 Mil Milhões de Euros, sem termos garantias reais de que Espanha investe e constrói em tempo útil na ligação Madrid-Caia, e sem termos condições para realizarmos a ligação Poceirão-Lisboa?!?! O que mais será necessário acontecer para que o Primeiro Ministro tome consciência de que se trata de um investimento que contribuirá ainda mais para o aumento da dívida externa do País numa altura em que as nossas finanças estão particularmente debilitadas?
Que José Socrates não tinha grande capacidade de antecipar cenários, já todos sabíamos - ainda aguardamos que se retrate publicamente por ter enganado os portugueses ao garantir em campanha eleitoral que não introduziria portagens nas Scuts, o que poucos meses depois entende ser insuportável para o pais e ruinoso para as suas finanças - mas atingimos agora limites da falta de razoabilidade perante o cenário mais que provável de em 2014, termos gasto 1,5 Mil Milhões de Euros que não tínhamos, para construir uma linha de alta velocidade no meio do Alentejo, sem qualquer ligação directa a Lisboa, sem continuidade em território espanhol e com forte impacto anual no Orçamento do Estado, devido às rendas a pagar ao concessionário pela sua disponibilidade e manutenção. Uma linha que não servirá rigorosamente para nada, cujo projecto poderia ter sido suspenso por um período, evitando transformar-se em mais um peso sobre um orçamento já tão deficitário, podendo ser retomado se e quando a economia nacional o permitisse e justificasse.
Que é feito da coerência tão necessária para que cada um de nós entenda porque tem de pagar novamente mais? Continuaremos a viver acima das nossas possibilidades, a distribuir o que não temos e a endividarmo-nos? Por quanto tempo mais nos emprestam dinheiro? Para onde vamos? … e, já agora, quem nos leva?

Bruno Coimbra
Presidente da Comissão Politica de Secção da JSD Mealhada
e da Comissão Politica Distrital da JSD Aveiro

Artigo publicado no Jornal da Mealhada