Saúde à Mesa do Café
Foi no Pipas Bar, no Luso, no passado dia 19 de Dezembro, à tarde, que uma dezena de jovens social-democratas se sentou à mesa de um Café para falar sobre Saúde durante duas horas.
A JSD convidou, desta feita, João Peres, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, e Manuel Jacinto, médico mealhadense. À mesa estiveram também sentados jovens ligados ao sector que também transmitiram a visão que têm do sector. Foi, tal como a anterior conversa, uma experiência muito lucrativa, que permitiu aos militantes da JSD ter uma ideia da realidade dos hospitais portugueses.
O tema foi abordado de duas perspectivas: por um lado, na perspectiva de gestor de hospitais e, por outro lado, na perspectiva dos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros.
Começou-se por abordar as reformas na saúde, nos últimos anos, principalmente desde o mandato do ministro Correia de Campos, e o impacto dessas reformas na nossa região – em Anadia, onde, paradoxalmente, se fecharam serviços que tinham sido remodelados havia pouco tempo, e na Mealhada, onde se encerraram igualmente alguns serviços.
No âmbito da questão do encerramento de serviços nas pequenas cidades, falou-se dos problemas que essa reforma trouxe para os hospitais centrais. Houve, na opinião dos presentes, uma sobrecarga dos hospitais centrais, que recebem hoje muitos doentes com problemas simples e de fácil resolução que podiam ser tratados em pequenos hospitais locais. Além disso, com esta centralização, fica sempre a perder-se no que diz respeito à proximidade na relação utente-hospital, que será sempre maior nos pequenos hospitais locais, como o hospital da Santa Casa da Misericórdia.
Falou-se também de outra questão actual, a criação de Unidades de Saúde Familiar – são unidades financiadas pelo Estado que funcionam como empresas geridas por médicos com elevado grau de autonomia que prestam cuidados de saúde. Estes médicos trabalham por objectivos e são financiados consoante o trabalho produzido, o que levará a uma certa privatização da gestão da saúde.
Abordou-se também a questão das dificuldades do SNS e da ADSE e o papel do sector social na Saúde, particularmente o papel das Misericórdias nos cuidados de saúde.
Antes do 25 de Abril, havia 447 hospitais das Misericórdias que eram os principais responsáveis pela Saúde fora dos grandes centros urbanos. Depois da revolução, o papel das Misericórdias diminuiu substancialmente: vários hospitais da Misericórdia foram ocupados e o Estado passou a ter o monopólio da Saúde, salvo raras excepções. Actualmente, a grande oferta continua a ser dada por hospitais públicos; todavia, cada vez mais se tem procurado criar parcerias público-socias com as Misericórdias, para dar uma resposta mais eficaz que aquela que é dada pelos hospitais públicos, principalmente no que toca a cuidados continuados e no tratamento fisioterapêutico.
Ao nível das propostas, propôs-se uma maior intervenção de gestores profissionais na gestão dos hospitais e, a nível concelhio, a criação de um apoio domiciliário na área da saúde cujo objectivo é poder usar as equipas já existentes na prestação de cuidados de saúde ao domicílio, sem fazer aumentar os custos para o erário público.
Por último, foram ainda abordados pela rama as questões da eutanásia e do testamento vital.
Ficou bem patente, para os jovens mealhadenses social-democratas, que a saúde deve ser uma prioridade no nosso concelho, e não deve ser encarada, como é frequentemente, como um custo, mas antes como um investimento nas pessoas.
A JSD convidou, desta feita, João Peres, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, e Manuel Jacinto, médico mealhadense. À mesa estiveram também sentados jovens ligados ao sector que também transmitiram a visão que têm do sector. Foi, tal como a anterior conversa, uma experiência muito lucrativa, que permitiu aos militantes da JSD ter uma ideia da realidade dos hospitais portugueses.
O tema foi abordado de duas perspectivas: por um lado, na perspectiva de gestor de hospitais e, por outro lado, na perspectiva dos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros.
Começou-se por abordar as reformas na saúde, nos últimos anos, principalmente desde o mandato do ministro Correia de Campos, e o impacto dessas reformas na nossa região – em Anadia, onde, paradoxalmente, se fecharam serviços que tinham sido remodelados havia pouco tempo, e na Mealhada, onde se encerraram igualmente alguns serviços.
No âmbito da questão do encerramento de serviços nas pequenas cidades, falou-se dos problemas que essa reforma trouxe para os hospitais centrais. Houve, na opinião dos presentes, uma sobrecarga dos hospitais centrais, que recebem hoje muitos doentes com problemas simples e de fácil resolução que podiam ser tratados em pequenos hospitais locais. Além disso, com esta centralização, fica sempre a perder-se no que diz respeito à proximidade na relação utente-hospital, que será sempre maior nos pequenos hospitais locais, como o hospital da Santa Casa da Misericórdia.
Falou-se também de outra questão actual, a criação de Unidades de Saúde Familiar – são unidades financiadas pelo Estado que funcionam como empresas geridas por médicos com elevado grau de autonomia que prestam cuidados de saúde. Estes médicos trabalham por objectivos e são financiados consoante o trabalho produzido, o que levará a uma certa privatização da gestão da saúde.
Abordou-se também a questão das dificuldades do SNS e da ADSE e o papel do sector social na Saúde, particularmente o papel das Misericórdias nos cuidados de saúde.
Antes do 25 de Abril, havia 447 hospitais das Misericórdias que eram os principais responsáveis pela Saúde fora dos grandes centros urbanos. Depois da revolução, o papel das Misericórdias diminuiu substancialmente: vários hospitais da Misericórdia foram ocupados e o Estado passou a ter o monopólio da Saúde, salvo raras excepções. Actualmente, a grande oferta continua a ser dada por hospitais públicos; todavia, cada vez mais se tem procurado criar parcerias público-socias com as Misericórdias, para dar uma resposta mais eficaz que aquela que é dada pelos hospitais públicos, principalmente no que toca a cuidados continuados e no tratamento fisioterapêutico.
Ao nível das propostas, propôs-se uma maior intervenção de gestores profissionais na gestão dos hospitais e, a nível concelhio, a criação de um apoio domiciliário na área da saúde cujo objectivo é poder usar as equipas já existentes na prestação de cuidados de saúde ao domicílio, sem fazer aumentar os custos para o erário público.
Por último, foram ainda abordados pela rama as questões da eutanásia e do testamento vital.
Ficou bem patente, para os jovens mealhadenses social-democratas, que a saúde deve ser uma prioridade no nosso concelho, e não deve ser encarada, como é frequentemente, como um custo, mas antes como um investimento nas pessoas.
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